sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

o sol é o melhor desinfetante*

Hoje fui à feira. A primeira vez no ano. Havia, em 2009, ido duas vezes ao mercado, no Centro. O mercado não é a mesma coisa, mas parece ter as mesmas coisas e ainda outras tantas mais. Tem de tudo naquele mercado. Farmácia, chaveiro, botecos, restaurantes, frutas, verduras, peixes, roupas, calçados, meninos fazendo carregos, gente se tropeçando, amendoim cozido, louças e panelas e uma miscelânea de artefatos difícil de descrever. Na feira, entretanto, tem algo que o mercado esconde. O sol. O sol em nossas cabeças a nos retirar a sobra do juízo e quase na ausência dele, se por mágica, não sei, há uma busca do entendimento para minúsculas decisões que se precisa tomar. Acordos se produzem numa racionalidade singular. Ímpar. Mas são feitos a todo instante na feira. Fico com a impressão que é mais provável que a raiva, o ódio e a violência frutifiquem mais num mercado fechado que na feira a céu aberto. Acho que seja importante essa relação miúda com o juízo. A feira nos permite isso. Abraço!

* não sei quem disse isso.