terça-feira, 12 de agosto de 2008

sobre o tempo e o fazer

"Eu vi um menino correndo, eu vi o tempo (Caetano Veloso)". Na importância de ver o tempo, reside a possibilidade de análise. Tempo quieto e que passa: análise mansa, 3 por 4 de algo que supõe uma realidade. O tempo é sorrateiro, mas é também revolucionário. Ele nos deu um relógio para poder se esconder em nossas ações. Assim ele nos legou a velhice. Um conceito onde tudo que conta é o tempo e ele nem aí. Já havia avisado que a velhice é um estado de espírito. Coisas de quem pensa o tempo pelo espaço ou como diria Foucault; "o que estamos ajudando a fazer de nós mesmos?". Abraço!

4 comentários:

Juaum disse...

"Se há uma virtude nesta obra é a de nos obrigar a tomar consciência da passagem do tempo. E fá-lo de uma maneira poética. Não é possível olhar para ela como para um quadro num museu, com o catálogo na mão. É necessário perder tempo, esperar. Então poderemos ver as palavras a surgirem, a percorrer o chão, a juntarem-se e a formar frases que logo mudam e adquirem novos sentidos conforme o sol roda."
em: http://blog.uncovering.org/archives/2008/04/poema_de_um_dia.html

Lembro também de uma frase que você falou quando faziamos grande temas, acho. "Precisamos de dois relógios, um em cada pulso. Um para se perder e o outro para se encontrar" ou algo assim.

Mairla disse...

o négocio é parar o relógio...

J. Thiago disse...

Como diria o velho Bergson... "Que é o tempo senão aquilo que impede que tudo seja dado de uma vez só!?"

Bruna_ disse...

as vezes acho que o melhor a se fazer não é parar mas desconcertar o relógio