quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sugestões

Eu vou comentar por partes, a Introdução, como todo o texto, foi bem escrita, mas Bruninha eu senti falta de uma maior discussão a respeito da mudança de plano, vc poderia explicar porque ocorreu a modificação com mais clareza, também seria interessante uma maior exposição dos objetivos da pesquisa, pois como Kleber falou o relatório tem q acabar sendo repetitivo mesmo! Em relação à Revisão da Literatura gostei da articulação do seu segundo parágrafo, lembro a dificuldade que tive para arranjar uma forma de expor os títulos do texto de um maneira legal, vc encontrou essa maneira! Gostei muito do modo como foi escrita a revisão, adorei a parte q vc comentou Latour, se aprofundando bem! Senti um pouco a falta da nossa querida Kastrup, dela é bom falar bastante, ela é fofinha e tem umas idéias bacanas. O primeiro parágrafo da metodologia ficou muito corrido, enumerar todas as atividades realizadas num só parágrafo pode gerar essa impressão, por ser tanta coisa o leitor acaba se perdendo. A metodologia não deixa a desejar os aspectos descritivos, o procedimento realizado pelos pesquisadores, mas seria bom explorar mais a metodologia cartográfica, o encaminhamento que é dado as nossas pesquisas pedem uma maior problematização no que diz respeito a inserção do pesquisador no campo, ao olhar que o pesquisador deve ter, seria muito legal que vc falasse de Laplantine, de Kastrup, de outros autores que porventura vc tivesse contato. A maior parte do que foi escrito nos resultados deveria estar na metodologia, ou seja, a descrição da feira e de seus participantes. Seria legal que nos resultados aparecessem mais interligações com os textos lidos, aparecessem mais discussões sobre os comportamentos observados interligando-os aos que caracterizavam a era medieval, os resultados falharam nesse ponto.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ao ler o texto escrito pelo tiago, não empreendi com olhos de crítico. Tentei caminhar por ele como quem caminha em uma rua, às vezes sem rumo. Dobras, arestas, pontas, esquinas... me interessam e busco-as, pois nelas possivelmente há diálogo. O texto é polido com esmero, trabalho de joalheiro, daqueles ofícios do bilac. Métrico, organizado, diria até limpo; por ordem da introdução indica como pensa o trabalho com os velhos – diria senescentes, mas acho engraçada essa palavra – e aqui relaciona brevemente com os textos.

Mas então acontece a revisão de literatura, e é aqui que eu quero puxar uma conversa. Belamente o tiago nos apresenta seus quatro textos utilizados, foucault, foucault, ortega, guattari. Apresenta-os, em resumo, fala de suas partes, é fiel aos autores, diz aquilo que os autores haviam dito, articula-os de forma sólida. Bom e bonito, mas acho que permite um curto-circuito, os textos versam entre si criando uma lógica própria, mas não vi versarem com o fazer do grupo ou dos velhos a não ser brevemente na introdução e de maneira precipitada no primeiro parágrafo da discussão. E isso um tanto me incomodou.

Para que servem tantos, ou mesmo poucos textos? Essa é uma reflexão que faço e me proponho a pensar com vocês. Às vezes caímos no ranço acadêmico mostrando nossa leitura e entendimentos de variados textos, falar ipicilíteris aquilo que o foucault disse, ou que o freud, skinner e tantos outros que disseram coisas. Mas de que nos servem? Como funcionam em nosso fazer? Alguém me disse, em um texto, que importa fazer com que os autores falem aquilo que possa funcionar em seu fazer. Estes seriam textos-ferramentas, então a pergunta é... Como eles funcionam?

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Férias

Quando Bruna fala q as feiras também se constitui como simbólico é muito interessante, pois ontem, lá em minha terrinha, estava conversando com uns amigos e falando o sabor dos papéis na feira, do sabor ímpar, do tempero da feira. E aí me lembrei da época em que modificaram o lugar da feira, na mesma época houve também uma separação entre a feira de verduras e a feira de roupas, artesanatos, etc. e o quanto isso mexeu com o funcionamento da cidade, as pessoas só falavam na feira e em como iriam fazer para me adaptar à nova sistemática da feira.
Todo esse blá, blá, sobre minha terrinha cai certinho com o que Bruna diz em seguida “sua existência só é possível através do existir humano”.
Foi muito coerente com minha realidade ver o que desenvolveu em sua Revisão de literatura quando ela expressa as modificações q sucederam nas ruas, na organização desta como um todo. E mais uma vez associe com minha terrinha, pois o que levou a feira a se separar a modificar de locais, foram as norma de higienização, a pavimentação da rua, a canalização do esgoto.
Falando especificamente do relatório, acredito que Bruna deve ter tido uma certa dificuldade devido à mudança de plano. Dessa forma, achei que a introdução foi muito sucinta. Que na revisão de literatura ela deveria ter interligado mais os textos, apesar de ter ficado bem explícito o q cada texto dizia. Visto que, ela utilizou uma linguagem direta e curta. A metodologia achei muito bem delineada, porém uma coisa tanto Bruninha, quanto eu e Bruna poderíamos ter colocado bastante foram as nossas sensações ao nos inserirmos no campo.
Nos resultados ñ sei, mas talvez pela mudança de plano também ela deve ter sentido dificuldades, achei que ela foi bem descritiva e faltou uma interligação com os textos.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Análise

Todo texto, independente de a qual categoria pertença, busca chamar a atenção do leitor para aquilo que está sendo dito. Um bom começo, articulações frasais bem feitas o instigam mais e mais a dar continuidade a leitura. E, quando menos se espera surge a curiosidade, a vontade de saber mais sobre o assunto proposto.
O relatório da Bruna e da Áurea me causou essa sensação, fez- me querer entender mais, perguntar, ler sobre o que elas escreveram. As frases e idéias propostas foram muito bem encadeadas. Pude perceber que na introdução foram tratados assuntos que foram posteriormente retomados na revisão bibliográfica de uma forma que não me pareceu repetitiva, mas sim agradável aos meus ouvidos enquanto lia o texto em voz alta.
De forma bastante interessante mostrou-se o percurso e a posição do velho em nossa sociedade Tratou-se da questão do ser considerada patológica essa fase da vida e os meios mercadológicos que se busca para disfarçá-la.
Analisando detalhadamente cada parágrafo do relatório, um dos poucos parágrafos que tive dificuldade de entendimento foi o referente a questão da individuação( página 5 , penúltimo parágrafo) em que era dito que dever-se-ia pensar o indivíduo por meio da individuação e não o contrário. Neste parágrafo fiquei me questionando bastante sobre o que foi escrito, não por ele ser mal estruturado, mas talvez por uma inquietação minha com relação ao assunto.
Algo que chamou a atenção e foi bastante enfatizado durante a escrita do relatório foi a importância dada à narração e a problematização.Através da leitura do referido trabalho e pelas reuniões que pude acompanhar, considerei válida tal ênfase visto a importância desses dois aspectos para o encaminhamento prático e teórico da pesquisa.
De todas as etapas do trabalho, a de maior encadeamento das idéias foi a revisão bibliográfica. Nesta, pensamentos de autores, conceitos propostos foram interligados, havendo uma boa articulação entre eles, não se percebendo um vazio ou falta de coerência.
Quanto a metodologia,a discussão e os resultados, estes também foram bem escritos. Discursos, gestos percebidos durante as reuniões que participaram foram colocados de forma sucinta, mas adequada no relatório. A única objeção que teria a fazer é que considero que um parágrafo pertencente a metodologia poderia ter sido colocado nos resultados e discussão. “ Ao estabelecer contato com os idosos os estudantes passaram a fazer parte dos seus repertórios de relações sociais...” ( p.14)
A leitura do texto e sua conseqüente análise proporcionou uma troca de idéias, e viabilizou a possibilidade de melhoramento do trabalho que estava sendo analisado e do trabalho daquele que estava analisando.Essa atividade possibilita que os próximos trabalhos a serem escritos tenham um maior qualidade e continuem evocando uma maior busca por conhecimento.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

.s o b r e - v i d a s.

Do relatório A ascese na terceira idade, de Lázaro, me prendi na introdução nisso: “Como, diante de tantos avanços, sustentar a indelével certeza de que a vida se extingue?” E, pra mim, foi bem significativo porque antes mesmo de ler tinha assistido ao filme O curioso caso de Benjamim Button. Passei o resto dos dias pensando em minha velhice e como é deixar de fazer as coisas que quando nova fazia sem nenhum problema. Passar a me preocupar com o corpo de uma maneira que agora eu esteja sendo irresponsável. Será mesmo que acharei a melhor idade? Conseguir ser jovial e saudável como nos mostra a modernidade?

E porque não, não é? É no mínimo provocador: nós jovens problematizando sobre a terceira idade. A mim, causa um certo medo pensar em envelhecer. Sei lá como posso ficar! E ainda, hoje nos apresentam tantas alternativas para retardar o envelhecimento, tanta tecnologia, tanto avanço, que até esquecemos que “a vida se extingue”. Em pensar se poderei ficar que nem dona Joana! Com a maior disposição e bom humor do mundo. Cantando, dançando, fazendo exercícios... é muito encantador vê-los falar dos senhores do Lion’s. Muito impressionados, abestalhados com as histórias. Como esquecer a dona Gildete que listou horários dos bailes da terceira idade. E dos namoricos e malícias: “a gente tinha o dia inteiro...”. Belos encontros que nos rendiam apresentações de danças, de músicas e algumas imitações em nossas reuniões!

E o que mudou? Chegamos a um ponto em que não é preciso respostas. É só sentir mesmo. Não ter o que perguntar, não programar nada, apenas deixar acontecer as conversas pé de ouvido. E fascina mesmo. Tem que se deixar fascinar, se perder e se encontrar. Tomando suas palavras de um comentário sobre algum post seu.

Misturado (e sem passar batido) aos achados dos encontros, uma revisão que perpassa desde os primórdios em que os idosos eram vistos como os sábios da sociedade e mereciam respeito, à aqueles que ao Estado não interessavam, políticas eficientes de promoção da vida até o papel da mídia na modernidade na tentativa de evitar o envelhecimento e preocupações com a morte.

O relatório do Lázaro pra mim apontou pra uma preocupação com as histórias de vida, sobre experiências, com um cuidado muito maior com dispositivos que fazem esses espaços. Podendo ser de resistência ou não. Sobre vidas que têm um por que, talvez, de serem daquela forma. Por influência de uma mídia, do capitalismo, quem sabe! Ainda assim, são histórias a serem ouvidas porque nos são contadas. É dessa forma que se faz um conto: ponto por ponto.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

.das andanças.

Em função da preguiça do tamanho do mundo de hoje cedinho, resolvi ir à feira no final da manhã. Tomei meu café. Coloquei comida pros meus pássaros. Resolvi uma coisa e outra. Como não tinha carona nem passe na carteirinha, peguei minha bicicleta.

Saí de casa antes de meio-dia, ou seja, sol muito quente na cabeça. Regra número 1 (pensei): não esqueça em hipótese alguma a garrafa de água quando sair de bicicleta nesse horário.
Cheguei, falei com Dona Finha que não me deu muita atenção porque tava cheia de gente pra vender. Falei com os netos dela que brincava com o novo cachorro: Lindona. E fui falar com Nininha, que já em clima de carnaval, essa sexta era uma anja. Perguntou-me o porquê de tanto tempo não aparecer, perguntou pelo Joãozinho e foi logo me dizendo que “a feira hoje não tá boa não, mas tá boa também. Vendi muito fiado, mas tudo bem, é bom que próxima sexta tenho meu dinheirinho garantido. Se não for assim, não vendo”.
Voltei pra perto de Finha pra encostar a bicicleta e chega Seu Juscelino do trabalho. “Tô todo sujo hoje” – foi logo dizendo. Falamos umas bobagens, a mesma dúvida da Nininha, respondi e fui pra sombra observar o movimento da feira.
Quando olhei o relógio já eram 12:20. O rebuliço de arrumação já começava. Um caminhão parado na frente da farmácia recolhia uns caixotes de madeira e umas últimas pessoas iam aparecendo pra comprar o que restava. Mas ali onde estava, na frente da sorveteria, os gritos de “venha pra loja” e as vendas ainda continuavam. Feirantes iam se arrumando aos poucos e era visível a pouca ou nenhuma mercadoria que sobrara.
Bebi uma coca-cola, comi um amendoim e tomei um soverte oferecidos pelo seu Juscelino e fiquei por ali na sombra conversando com eles um pouco. Dona Finha tinha vendido quase tudo. Antes mesmo de eu ir embora, a vi vendendo a ultima jaca cortada, a última remessa de manga, as de mamão e um pouco de dicuri. Disse-me que vendeu muita manga. 4 ou 5 por um real. Que se seu Juscelino tivesse por ali naquela manhã tinha mandado ele buscar mais porque o povo tava comprando mesmo. Ninguém mais na feira tinha manga, só ela.
Pelo que vi venderam muito! Seu Juscelino disse que tinha saído 3 horas da manhã e ido devagar até a feira porque levara o carro muito carregado. Falei que na próxima sexta iria bem cedo e passaria o dia todo. Dona Finha, que não boba nem nada, disse logo: coisa boa, vai ficar aqui me ajudando a vender né? Traga o Joãozinho também que ele é bonito e vai vender tudo. Vou dizer que é meu filho. Ri, claro! E pensei... regra número 2: adquira a simpatia do João!
Prestes a ir embora, Dona Finha me perguntou se tinha visto o jornal que falou sobre as feiras. Disse que não e foi logo me dizendo que estavam reclamando sobre as lonas das bancas. Mostrou-me que a cobertura nova das bancas da feira e falou que a moça que faz as carteirinhas para Associação tinha passado lá. Tirou foto e vai receber na próxima semana. Perguntei as informações que tinham dito a ela... me disse que vão reclamar por banheiros porque é tudo sujo, pelas coisas erradas que acontecem e tem que pagar 10 reais todo mês. Pelo que foi me dizendo, a maioria dos feirantes não estão gostando disso não porque tem que pagar, mas ela disse que o tanto que já chorou de raiva naquela feira que vai pagar sim pra poder reclamar. Completou que o povo é besta e não entende que essa Associação é boa. Eu não disse nada.
Despedi-me pra aproveitar e percorrer o restante da feira. A maioria das bancas já vazias e sem ninguém. Um ou outro por ali conversando e mais nada. Mas, logo lá na outra extremidade da feira tinha ainda movimentação, como do outro lado. Acho que as feiras persistem nas extremidades...
Subi na bicicleta e voltei pra casa. Morta, de calor. Mas foi bom. A cidade e mesmo o fim de feira transborda muita energia...
Quem vai comigo de bicicleta próxima sexta?! (hahahahaha)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sobre e numa feira

Onde, quando e como surgem as feiras? Mais ainda, como ela faz para sobreviver quando um movimento contrário e – aparentemente – muito mais forte age para tolher sua vivacidade? O que de tão poderoso está imerso no burburinho desvairado, supostamente desorganizado e (assim o querem) imundo dos mundos que compõem as feiras livres? Eis, de minha parte, aquilo que salta do texto-relatório “Feiras-livres, higiene e modos de invenção de si”.

Como fazer para responder a tais questões, a não ser indo ver, ouvir, tocar, sentir a feira? Foi o que fez a intrépida trupe de desvairados debutantes de pesquisadores. E, como já me fiz acreditar e valorizar há algum tempo, eles parecem ter descoberto muito mais interrogações e incertezas do que propriamente respostas. Ótimo exercício esse de sentir-se deslocado ou de estranhar e ser estranhado... Nele (no não saber o que fazer) descobrimos que a resposta a uma pergunta pode ser tantas outras.

Preciosos achados aparecem como o produto desses (des) encontros. E não falo dos sabores de queijos e biritas experimentadas – aliás, senti falta deles no relatório. Antes assim, falo dos dissabores: do lixo no chão que causa espanto, da faca “limpa” no pano sujo, da fedentina do banheiro químico. Mas também das conversas, do reconhecimento, da intimidade e das dinâmicas que movem a feira ou, paradoxalmente, daquelas que desejam paralisá-las – que diga a associação de feirantes!

Mas, o que seria a feira? Bom, o texto de Mairla aponta para a descrição dela como o lugar de encontro e resistência entre o novo e o antigo (o moderno e o medieval). É engraçado porque, enquanto escrevo isso ouço um sambinha intitulado “Coisa da antiga”.Um tempo em que palavra valia mais que milhão, em que liberdade era algo que se entendia e existia, é o que diz a canção. Eis a feira: coisa da antiga.

Mas, reconheçamos, nem todos têm a visão tão nostalgicamente bela do velho. É que hoje prefere muito mais o novo, sem saudosismo ou qualquer lembrança do que já foi, sob o risco de descobrirmos que esse novo não pode necessariamente significar progresso. A despeito disso, a feira resiste lá, com sua miscelânea de cheiros, sons e cores. E nessa profusão imergiram os tais pesquisadores, de maneira que não mais podem ser encontrados separados dela.

Firmaram raízes e disso resta-lhes tentar extrair dela o sumo que faz pulsar sua vida. Mergulhar ainda mais fundo no agora não tão desconhecido, mas ainda encantador e, por vezes, sufocante mar de gentes denominado Feira Livre do Castelo Branco. O relato da menina Protazio dá mostras de ser esse o percurso, vamos aguardar os próximos capítulos.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Pé de Feijão

Acabei de degustar o relatório de João, enquanto ouvia o violão de Yamandu chorar, sentia as batidas no piano de Comptine D'un Autre Ete, conversava alguma coisa com duas ou três pessoas no Messenger, baixava algumas partituras de Bach no 4shared e pesquisava uma e outra sinopse de Amélie Poulain, minha mais nova paixonite. E é justa e corretamente esta a confusão de estímulos, a profusão de linhas, a sistematização complexa que se encontrou comigo no trabalho de nosso amigo.
Deixarei as coisas esclarecidas e descobertas desde este começo. Não vou fazer resumos do "presente relatório" nem apontar o que o autor "objetiva". Quem quiser algo mais dado que vá ler o relatório mesmo! Lembro de Platão me falando - se no Fedro ou na República não lembro - que um livro "versa", mas não "con-versa", "loga", mas não "dia-loga". Pois bem! Falando em Platão...
O texto de João é recheado de dualismos! Não o dualismo da verdade, das análises e das categorias, mas a furtividade do doppelganger, a retórica do gorgiano, a mentira da criança. Ruas e casas, disciplina e imprevisibilidade, analíticas e ontologias, campos e cidades, Histórias e Agoras, evoluções e rupturas. Casais que dançam e - por que não? - se completam nesta valsa do devir. Uma valsa larga, lenta, de difícil digestão. Não só in-forma, mas trans-forma. Não dá a informação, mas força o pensamento.
Não estou falando - digo logo! - de uma modalidade retórica para a escrita de nossos trabalhos, mas de um jeitinho peculiar de nos apropriarmos deles. A letra que não transforma é morta e - deixo claro - não falo de pragmatismos e funcionalidades. Todos sabem que sou teórico por demais! O que quero versar e exprimir aos senhores é que passemos a conversar com o imediato, que sejamos impressos pelas marcas da escrita, quaisquer que sejam. A idéia - com ou sem Platão - é trocar o "De que fala este material!?" para o "O que faço com este material!? O que faço DE MIM com este material!?"
As valsas, por mais dançantes que se nos apresentem, também são convidativas a tropeços e quedas... Sangremos, então...