Mais uma vez, atraso com as minhas impressões. Desta vez, não há Máquinas, Redes ou Arquétipos à culpar. Culpo - tão somente - o espírito da indolência que de mim se apossou esta semana (isto ainda é transferêcia de culpa, certo? Ficarei calado, desta vez...).
Para melhor configurar o dia 4, relembro o 28 do passado mês. Esperando levar o novo aos velhos, pedi a estes que trouxessem aos encontros poemas ou músicas, cantigas ou anedotas, composições ou empréstimos. Enfim, faríamos algo com aquele algo já feito. Decompor a composição. Expirar a inspiração. E aqui eu demonstro meu desencanto com o feitiço que não encantou. Não foi lá estas coisas! Nem cá!!! Sem lá nem cá para colocar os pés no chão, o sonho não encontrou lugar para acordar. O próprio Monteiro não fez sua rotineira sessão de exercícios, talvez esperando que a semente frutificasse.
"A letra mata", disse Paulo De Tarso, "o espírito é que vivifica". Letras demais, alma de menos. A reunião transcorreu morgada, esperançosa que o milagre redentor do fim viesse nos elevar. E o fim chegou! Chegou junto a senhoras felinas, jubilosas com suas jubas. Inicia-se, então, uma conversa pra lá de dialéctica entre o Rei e as Rainhas. Chamas e garras, urros e rugidos, disfarçados de academicismos e afins...
Poderia terminar o relato aqui, mas não o farei. Dentre todos os poemas, todas as criações, todas as aberturas, chamou-me a atenção, em especial, este escrito da Dona Helena:
FELICIDADE
Diz o Mestre:
Muita gente tem medo da felicidade. Para estas pessoas, esta palavra significa mudar uma série de hábitos e perder sua própria identidade. Muitas vezes, nos julgamos indignos das coisas boas que acontecem conosco. Não aceitamos, pois que aceitá-los nos dá a sensação de que estamos devendo alguma coisa a Deus. Pensamos: "É melhor não provar o cálice da alegria, porque, quando este nos falta, iremos sofrer muito". Por medo de diminuir, deixamos de crescer. Por medo de chorar, deixamos de rir.
Não farei reflexões mil sobre o texto. Deixo a ascese pesada para os senhores. Mas só para bem-fechar a Gestalt, comento um comentário do Monteiro sobre a cor do tecido de uma senhora, levemente divergente aos demais: "É diferente. Mas, tudo misturado, passa batido..."
Só dançando, mesmo!
Para melhor configurar o dia 4, relembro o 28 do passado mês. Esperando levar o novo aos velhos, pedi a estes que trouxessem aos encontros poemas ou músicas, cantigas ou anedotas, composições ou empréstimos. Enfim, faríamos algo com aquele algo já feito. Decompor a composição. Expirar a inspiração. E aqui eu demonstro meu desencanto com o feitiço que não encantou. Não foi lá estas coisas! Nem cá!!! Sem lá nem cá para colocar os pés no chão, o sonho não encontrou lugar para acordar. O próprio Monteiro não fez sua rotineira sessão de exercícios, talvez esperando que a semente frutificasse.
"A letra mata", disse Paulo De Tarso, "o espírito é que vivifica". Letras demais, alma de menos. A reunião transcorreu morgada, esperançosa que o milagre redentor do fim viesse nos elevar. E o fim chegou! Chegou junto a senhoras felinas, jubilosas com suas jubas. Inicia-se, então, uma conversa pra lá de dialéctica entre o Rei e as Rainhas. Chamas e garras, urros e rugidos, disfarçados de academicismos e afins...
Poderia terminar o relato aqui, mas não o farei. Dentre todos os poemas, todas as criações, todas as aberturas, chamou-me a atenção, em especial, este escrito da Dona Helena:
FELICIDADE
Diz o Mestre:
Muita gente tem medo da felicidade. Para estas pessoas, esta palavra significa mudar uma série de hábitos e perder sua própria identidade. Muitas vezes, nos julgamos indignos das coisas boas que acontecem conosco. Não aceitamos, pois que aceitá-los nos dá a sensação de que estamos devendo alguma coisa a Deus. Pensamos: "É melhor não provar o cálice da alegria, porque, quando este nos falta, iremos sofrer muito". Por medo de diminuir, deixamos de crescer. Por medo de chorar, deixamos de rir.
Não farei reflexões mil sobre o texto. Deixo a ascese pesada para os senhores. Mas só para bem-fechar a Gestalt, comento um comentário do Monteiro sobre a cor do tecido de uma senhora, levemente divergente aos demais: "É diferente. Mas, tudo misturado, passa batido..."
Só dançando, mesmo!
3 comentários:
Vixe, James, que desencanto é esse? "só dançando mesmo?" Acha isso relamente?
Sei que somos criativos e podemos fazer muito melhor.
Abraço!
Talvez essa seja a conquista maior de um Inciante em PesquisaCientifícaÇ o desencanto.
Fiquei feliz em ser surpreendido. Entre dragoes e leoes, estar sempre certo pode nos trazer a ilusao de sermos deuses...
Aqui tô mais Lázaro que Aurea, até para que tudo misturado não pareça a mesma coisa. O desencanto pode ser criativo. Precisamos investir nesse desencanto. Dele pode se fazer um canto. Dançar cantando pode ser mágico. Abraço!
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