segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O narrador vence a distância no espaço e volta para contar suas aventuras num cantinho do mundo de onde suas peripécias têm significados:
Quando no mundo é mocidade,
verde a árvore, moça a natureza;
e cada ganso te parece um cisne;
e cada rapariga um princesa;

Venham minhas esporas, meu cavalo!
Vou correr mundo em busca da alegria!
O sangue moço quer correr, ardente,
e cada criatura quer seu dia...

Nas frias tardes da velhice, quando
é parda toda árvore que vive;
em que todo desporto é já cansaço,
e toda a roda corre na declive;

Oh! Volta, à casa, busca o teu cantinho,
vai, mesmo assim, cansado e sem beleza:
lá acharás o rosto que adoravas
quando era jovem toda a natureza.

Nenhum comentário: